sexta-feira, 11 de junho de 2010

Barroja, e os seus satélites IV

Estou de novo em órbita, para falar de mais um dos satélites, claro que este tem duplo interesse não só porque é aqui que podemos afirmar que ainda há vida nos satélites ou que ainda há satélites com vida, ao casal Amélia e Amadeu cabe esta missão e que bem entregue que ela está, pois quem não tem presente nos seus ouvidos a forma melodiosa com que somos brindados pelo assobiar do Amadeu, que graças, as graças da Amélia resolveu "casar com a Barroja" e assim assumiu o papel de imigrante vindo de Foz da Moura e não foi o único, sendo um dos sócios fundadores da LAB, na continuação de uma luta iniciada em 1965.
Falar deste satélite, é de inteira justiça falar de uma das pessoas que tive o prazer de conhecer e com umas capacidades muito difíceis de alcançar, ao referir António Castanheira recordo o poeta o ser bem disposto alegre e quando hoje recordo que da sua memória saiu para o nosso papel uma árvore genealógica de centenas de anos, nomes, casamentos , filhos só mesmo observado se pode ter noção da grandeza deste trabalho, quando a mim resta reduzir-me à minha insignificância e apenas ser feliz por ter participado nesta recolha nos anos 80.
É com muita alegria que apresento o terceiro satélite de Barroja, o POISIO aos seus habitantes do passado e do presente o meu desejo de que possa incluir os do futuro, nesta simbólica referência a estes lugares que sempre ajudaram a fazer de uma pequena Barroja Grande.




3 comentários:

  1. Em tempos que já lá vão
    Viver lá era um prazer
    Do cimo daquele monte
    Havia muito que ver !

    Não nasci naqueles lados
    Digo com toda a certeza
    Mas conheci lá boa gente
    Já o digo com tristeza

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  2. Amigo Balsas não imagina o prazer que me deu ver a foto do António do Poisio homem com raizes no Goulinho casado com a Dª Gracinda como eu me lembro quando ele guardava o seu rebanho no Foijo junto ao muinho de vento a tocar o seu pifaro era um simpatico senhor paz á sua alma.
    Voz do Goulinho
    António Assunção

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  3. É verdade falar do António do Poisio, é falar de um ser humano bom e com umas capacidades incríveis. Para quem não o conheceu era invisual mas com os outros sentidos muito apurados. Fazia todos os trabalhos agrícolas, guardava no monte o seu rebanho chamava pelo nome todas as cabeças de gado. Subia e descia o monte com a uma destreza incrível sempre acompanhado por um cão, seu fiel amigo, nada o atrapalhava.
    A sua alegria de viver, a garra com que se dedicava ao que o rodeava é indescritível.
    A sua memória um prodígio que nunca encontrei igual. Também eu tive oportunidade de participar da árvore genealógica que fizemos há uns anos atrás toda saída da sua sabedoria, só comparável a uma enciclopédia.
    Uma bela recordação que fica para sempre na memória de quem com ele teve o privilégio de privar!!!
    Que por muitos anos tenhamos o prazer de ouvir o assobiar do Amadeu porque é sinal que há vida neste satélite da Barroja.

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